A QOASMI - Associação Protectora dos Animais da Guarda foi contactada pelas 18:00, no dia 21 de Fevereiro, por um munícipe que mais uma vez nos deixou indignados com mais uma das duvidosas decisões da Câmara Municipal da Guarda. Num período em que crianças organizam colóquios revelando interesse pela sensibilização para o abandono e para a forma de recolha e tratamento de animais abandonados, a Câmara Municipal da Guarda como entidade responsável pela Escola Primária Espírito Santo, toma a decisão de resolver o “problema” de uma comunidade de gatos residentes naquela escola, aparafusando umas grelhas por forma a bloquear as entradas para a caixa de ar do edifício onde os gatos se abrigavam. Mesmo sendo esta uma forma duvidosa de resolução do “problema “, pois os gatos continuam na rua e a reproduzir-se, o que agrava esta decisão é o facto de terem deixado um gato, que miava em desespero, preso dentro do edifício. Esta comunidade de gatos existe há muito nesta Escola e as crianças referem-se a estes animais como deles e até lhes atribuem nomes. Alguns encarregados de educação chegam a enviar ração, pelos seus filhos, para alimentar estes animais e o pessoal auxiliar manifesta interesse na esterilização das gatas adultas e recolha e encaminhamento destes gatos para adopção oferecendo-se até para dar um lar a alguns deles. Parece que todos têm sensibilidade para a resolução do “problema” excepto os que têm obrigação moral e legal para tal. É muito mais fácil tapar os buracos e seguir vida. Se o fizeram para diminuir o risco de saúde pública, foi um acto falhado, pois os gatos lá andam e continuarão a reproduzir-se. E, parece-me a mim que, um cadáver por debaixo do edifício de uma Escola Primária não abona muito a favor da saúde pública. Que mais esperava a aquele gato se a QOASMI não se tivesse deslocado ao local acompanhada da PSP e dos Bombeiros Voluntários da Guarda para o libertar? O mais certo era morrer à fome e ali permanecer até putrificar. O mais caricato é que foi feito um pedido da chave dos portões da Escola mas essa chave não chegou a aparecer, tal é a importância que dão ao bem-estar animal que apregoam na comunicação social e junto da comunidade escolar. O que esperava a este gato era uma morte lenta enquanto docentes e discentes ouviam os mios desesperados de um ser vivo emparedado, qual acto de tortura da Idade Média. Se o objectivo era dar um péssimo exemplo às nossas crianças, foi um acto de sucesso.
Mas mais me entristece ter ouvido comentar esta história na Semana Cruzada da Rádio Altitude, no dia 25 de Fevereiro, com a mesma indignação e afinco quando um dos comentadores interrompe e diz, passo a citar “…num País em que uma pessoa está morta em casa 8 anos não tenho mais com que me preocupar que com os gatinhos?….”. E posto isto pergunto: Que terá uma coisa a ver com outra? Se deixarmos morrer os gatos em caves de estabelecimentos escolares revelamos mais interesse pelo ser humano? Se deixarmos de nos preocupar com o bem-estar animal fica resolvida a problemática do envelhecimento e da solidão? Tenho orgulho em poder afirmar que dediquei a minha vida académica e profissional ao ser humano. Sendo Enfermeira valorizo a vida humana a qual luto por preservar e dignificar diariamente. Mas orgulho-me acima de tudo de ter o discernimento, a sensibilidade e a inteligência de reconhecer a importância do bem-estar animal e de ter capacidade para lutar por ambas as causas. A QOASMI existe para acabar com este tipo de mentalidades. Não queremos que as nossas crianças cresçam nesta limitação de argumentos.
A QOASMI dedicar-se-á ao que se tem proposto. Agora que foram cumpridas as esterilizações de 17 animais de rua, sem quaisquer apoios e recorrendo única e exclusivamente aos donativos em numerário por parte de sócios, vamos dedicar-nos à recolha e socialização desta comunidade de gatos para que as fêmeas possam ser esterilizadas e os mais jovens encaminhados para adopção responsável já que está mais que provado que o abate em massa em nada resolve o problema de sobre população de animais errantes. A esterilização é o único recurso viável e que, ainda por cima, fica mais económico, o que não deve ser desvalorizado em tempos de crise.
Mas mais me entristece ter ouvido comentar esta história na Semana Cruzada da Rádio Altitude, no dia 25 de Fevereiro, com a mesma indignação e afinco quando um dos comentadores interrompe e diz, passo a citar “…num País em que uma pessoa está morta em casa 8 anos não tenho mais com que me preocupar que com os gatinhos?….”. E posto isto pergunto: Que terá uma coisa a ver com outra? Se deixarmos morrer os gatos em caves de estabelecimentos escolares revelamos mais interesse pelo ser humano? Se deixarmos de nos preocupar com o bem-estar animal fica resolvida a problemática do envelhecimento e da solidão? Tenho orgulho em poder afirmar que dediquei a minha vida académica e profissional ao ser humano. Sendo Enfermeira valorizo a vida humana a qual luto por preservar e dignificar diariamente. Mas orgulho-me acima de tudo de ter o discernimento, a sensibilidade e a inteligência de reconhecer a importância do bem-estar animal e de ter capacidade para lutar por ambas as causas. A QOASMI existe para acabar com este tipo de mentalidades. Não queremos que as nossas crianças cresçam nesta limitação de argumentos.
A QOASMI dedicar-se-á ao que se tem proposto. Agora que foram cumpridas as esterilizações de 17 animais de rua, sem quaisquer apoios e recorrendo única e exclusivamente aos donativos em numerário por parte de sócios, vamos dedicar-nos à recolha e socialização desta comunidade de gatos para que as fêmeas possam ser esterilizadas e os mais jovens encaminhados para adopção responsável já que está mais que provado que o abate em massa em nada resolve o problema de sobre população de animais errantes. A esterilização é o único recurso viável e que, ainda por cima, fica mais económico, o que não deve ser desvalorizado em tempos de crise.