Defensor Moura, candidato às presidenciais de 2011, quer seguir o caminho do Parlamento catalão propondo a erradicação das touradas em Portugal.
A proposta de declaração de “cidade anti-touradas, apresentada pelo autarca Defensor Moura, recolheu os votos contra da bancada social-democrata, por considerar que não compete ao executivo tomar este tipo de medida. O porta-voz da oposição, Carvalho Martins, afirmou que a decisão “não é correcta” porque, embora ele próprio não seja um aficionado da tauromaquia, é preciso “respeitar as pessoas que gostam do espectáculo”.
Para Moura, a medida faz todo o sentido por ir de encontro ao perfil de cidade saudável adoptado há mais de uma década, especialmente desde que o município integra as redes, portuguesa e europeia, de Cidades Saudáveis. Para além do respeito pelos direitos humanos, preservação do património natural e promoção dos valores ambientais, o executivo socialista considera que o espírito, de cidade moderna e progressista, deve estender-se ao respeito pelos direitos dos animais.
“A defesa dos direitos dos animais não é compatível com a realização de espectáculos de tortura, que provocam sofrimento injustificado”, afirmou o autarca.
Segundo Moura, Viana do Castelo é a primeira cidade portuguesa a acabar com as touradas – facto também confirmado pela Associação Animal - apesar de ser uma prática comum em Espanha, onde em 53 cidades e vilas não se realizam deste tipo de espectáculos, ou ainda em França, onde a medida está implementada em pelo menos três localidades.
A declaração agora aprovada vem no seguimento da recente aquisição, por parte da autarquia, da Praça de Touros da cidade. O imóvel, com cerca de 60 anos, deverá ser demolido quase na totalidade para dar lugar ao novo projecto do centro de Ciência Viva, que funcionará em articulação com o parque ecológico urbano, um espaço com cerca de 23 hectares criado a montante da ponte metálica, na zona da caldeira de marés das antigas Azenhas D. Prior, junto ao rio Lima.
Apesar das críticas dos aficionados da tauromaquia, uma tradição que remonta a 1871, o autarca socialista garantiu que acabar com as touradas em Viana “foi a medida mais popular” que tomou, tendo mesmo recebido mais de um milhar de emails de felicitações de todo o mundo.
“Num país em que, nas últimas décadas, tanto se tem investido na protecção dos animais e na preservação da vida selvagem, é lamentável que se continue a torturar e sacrificar animais em espectáculos públicos, para deleite de alguns, contrariando a sensibilidade da maioria dos portugueses e da comunidade internacional”, afirmou em comunicado Defensor Moura.
O ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo que foi pioneiro no encerramento de uma praça de touros e a declarar a primeira cidade anti-touradas no país, disse que vai continuar a “desencadear as iniciativas adequadas para, em breve prazo, proibir a emissão de espectáculos tauromáquicos na televisão pública e proibir a entrada de menores nos espectáculos públicos”.
À margem destas iniciativas legislativas, o candidato a Belém pretende ainda, em colaboração com diversas associações de defesa dos direitos dos animais, apresentar uma “proposta de proibição dos espectáculos tauromáquicos em todo o território nacional”, dando assim cumprimento ao constante da lei nº 92/95 sobre a Protecção dos Animais em que “proíbe todas as violências injustificadas contra animais”.
In publico.pt
A proposta de declaração de “cidade anti-touradas, apresentada pelo autarca Defensor Moura, recolheu os votos contra da bancada social-democrata, por considerar que não compete ao executivo tomar este tipo de medida. O porta-voz da oposição, Carvalho Martins, afirmou que a decisão “não é correcta” porque, embora ele próprio não seja um aficionado da tauromaquia, é preciso “respeitar as pessoas que gostam do espectáculo”.
Para Moura, a medida faz todo o sentido por ir de encontro ao perfil de cidade saudável adoptado há mais de uma década, especialmente desde que o município integra as redes, portuguesa e europeia, de Cidades Saudáveis. Para além do respeito pelos direitos humanos, preservação do património natural e promoção dos valores ambientais, o executivo socialista considera que o espírito, de cidade moderna e progressista, deve estender-se ao respeito pelos direitos dos animais.
“A defesa dos direitos dos animais não é compatível com a realização de espectáculos de tortura, que provocam sofrimento injustificado”, afirmou o autarca.
Segundo Moura, Viana do Castelo é a primeira cidade portuguesa a acabar com as touradas – facto também confirmado pela Associação Animal - apesar de ser uma prática comum em Espanha, onde em 53 cidades e vilas não se realizam deste tipo de espectáculos, ou ainda em França, onde a medida está implementada em pelo menos três localidades.
A declaração agora aprovada vem no seguimento da recente aquisição, por parte da autarquia, da Praça de Touros da cidade. O imóvel, com cerca de 60 anos, deverá ser demolido quase na totalidade para dar lugar ao novo projecto do centro de Ciência Viva, que funcionará em articulação com o parque ecológico urbano, um espaço com cerca de 23 hectares criado a montante da ponte metálica, na zona da caldeira de marés das antigas Azenhas D. Prior, junto ao rio Lima.
Apesar das críticas dos aficionados da tauromaquia, uma tradição que remonta a 1871, o autarca socialista garantiu que acabar com as touradas em Viana “foi a medida mais popular” que tomou, tendo mesmo recebido mais de um milhar de emails de felicitações de todo o mundo.
“Num país em que, nas últimas décadas, tanto se tem investido na protecção dos animais e na preservação da vida selvagem, é lamentável que se continue a torturar e sacrificar animais em espectáculos públicos, para deleite de alguns, contrariando a sensibilidade da maioria dos portugueses e da comunidade internacional”, afirmou em comunicado Defensor Moura.
O ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo que foi pioneiro no encerramento de uma praça de touros e a declarar a primeira cidade anti-touradas no país, disse que vai continuar a “desencadear as iniciativas adequadas para, em breve prazo, proibir a emissão de espectáculos tauromáquicos na televisão pública e proibir a entrada de menores nos espectáculos públicos”.
À margem destas iniciativas legislativas, o candidato a Belém pretende ainda, em colaboração com diversas associações de defesa dos direitos dos animais, apresentar uma “proposta de proibição dos espectáculos tauromáquicos em todo o território nacional”, dando assim cumprimento ao constante da lei nº 92/95 sobre a Protecção dos Animais em que “proíbe todas as violências injustificadas contra animais”.
In publico.pt