Existem certas crenças populares acerca dos nossos amigos felinos. Verdade? Mentira? Analisemos algumas deles:
O gato ronrona porque está contente.
Falso. Certos gatos em sofrimento também ronronam. O ronronar indica uma disposição social amigável e pode ser dado como sinal para, por ex., um gato veterano, informando que certo gato com problemas tem necessidade de amizade, ou pode constituir um sinal para o dono, exprimindo o agradecimento pela amizade obtida. O ronronar traduz um comportamento infantil. Os gatinhos ronronam a partir da primeira semana de vida e isso indica à mãe que tudo está bem com a sua prole. Já nos gatos adultos isso traduz uma certa dependência do contacto entre os donos e os gatos.
Os gatos arranham o sofá por puro prazer.
Verdadeiro. O gato arranha a superfície que ele entende que lhe dá boa chance de eliminar as unhas velhas, renovando as garras. Também o faz para marcar território, colocando aí “marcas de cheiro” imperceptíveis aos nossos precários narizes, visto que os felinos possuem glândulas odoríficas na parte inferior das patinhas. Quanto mais o gato usa essa superfície, mais é atraído a ela, pois possui o seu cheiro. O gato também arranha como forma de exercício, espreguiçando-se.
Os gatos são traiçoeiros: quando se oferecem de barriga, mordem quem lhes faz festas.
Falso. O gato deita-se de costas oferecendo a barriga apenas a quem ele considera amigo íntimo. É como se o seu gato dissesse: “ eu mostro-te a minha barriga em demonstração da minha confiança em ti, por adoptar esta postura tão vulnerável na tua presença”. Mas uma coisa é mostrar, outra bem diferente é deixar acariciar! Nem sempre é seguro concluir que um gato nessa posição espera ser acariciado. Muitas vezes a resposta é uma violenta sapatada com as patas traseiras. A região abdominal é tão fortemente protegida que os gatos não apreciam contactos nessa zona. Por isso eles estabelecem um limite que os donos nem sempre entendem: podem ver, mas não devem tocar!
Os gatos adultos tacteiam o colo dos donos com as patas dianteiras confundindo o dono com a própria mãe.
Verdadeiro. É deveras aborrecido quando o nosso gato salta para o nosso colo, tendo as unhas compridas, desata a “amassar-nos” com aquelas unhas, baba-se todo e nós ficamos com as pernas doridas e acabamos por mandá-lo para o chão! O pobre gato fica mesmo desapontado! Porquê? Na realidade ele julga que nós somos a mãe-humana dele. São esses os movimentos que ele tinha quando mamava na mãe, a fim de espremer o leite. O babar-se revela a atitude de mamar. Esta reminiscência de comportamento infantil deve-se ao facto que os gatos caseiros continuam a ser cuidados e alimentados por nós humanos, e o gato adulto permanece gatinho em muitos sentidos, encarando-nos como falsas mães. Não faça o gato infeliz! Corte-lhe as unhas e deixe-o “pisar o leite” no seu colo, coitado!
Os gatos enterram os excrementos porque são asseados
Falso. Em primeiro lugar é para eliminar o cheiro que exalam. Na realidade, se estivermos perante um gato dominante, ele NÃO ENTERRARÁ os seus excrementos, deixando-os bem à vista para marcar território. O facto dos nossos gatos enterrarem tão bem os excrementos revela o quanto eles se sentem subordinados em relação a nós. Acham-nos fisicamente mais fortes e sabem que controlamos o seu modo de vida (especialmente porque somos nós que lhes fornecemos o seu alimento). Quando um gato deixa as fezes por enterrar é sinal que algo está errado. Pode ser uma questão de auto-afirmação, dominância em relação a outro animal lá em casa ou pode ter aversão ao material absorvente que existe no caixote.
Os gatos cuidam do pêlo por uma questão de higiene.
Verdadeiro. Mas não só. Realmente lamber o pêlo amacia-o, permite que ele seja uma capa de isolamento contra as intempéries, mas também ao molhar o pêlo, o gato refresca-se nos dias de maior calor. O gato também se lambe para aliviar o stress. Daí que gatos muito enervados se lambam compulsivamente. Este será um caso a ser visto pelo médico veterinário, se o gato se lamber tanto a ponto de ficar sem pêlo em certas zonas.
Os gatos também se lambem para ficar com o seu próprio cheiro, ou para eliminar outros cheiros que estejam no pêlo. É o caso do gato que vai lamber o pêlo depois dono lhe ter feito uma festa. O animal vai eliminar o cheiro da mão do dono, substituindo-o pelo cheiro da sua saliva. Os gatos lambem-se para estreitar o seu relacionamento social. Há que ter em atenção a formação das temidas bolas de pêlo no estômago. Fale com o veterinário acerca de uma pasta de malte para a sua eliminação.
Os gatos abanam a cauda quando estão zangados.
Verdadeiro. O abanar a cauda reflecte um estado agudo de conflito mental. Colocado perante uma situação difícil em que o animal pode ter duas reacções possíveis, o gato fica quieto e abana a cauda. Quando uma decisão é tomada, acaba o conflito e a cauda fica quieta. Por exemplo, o gato está a ser acariciado. Não lhe apetece receber festas. Ele entra em conflito: ou morde para desencorajar o dono ou foge. A cauda começa a chicotear. Assim que resolve o problema, deixa de abanar a cauda.
Os gatos odeiam as portas.
Verdadeiro. As portas são um entrave à vida social normal do gato! Por vezes o gato mia para sair de casa. Assim que sai, ao fim de 10 minutos já está a miar para voltar a entrar. Nada mais natural se entendermos o motivo. O gato quer inspeccionar as suas redondezas, recolher informações e avivar as marcas dele deixadas no seu território. Uma curta vistoria para cumprir com todos estes objectivos é o suficiente para pôr o bichano feliz. E é claro, ele não troca o conforto do lar pelo perigoso exterior!
Os gatos só vêm a preto e branco
Falso. Estudos recentes provaram que os gatos conseguem distinguir entre o vermelho e o verde, o vermelho e o azul, o vermelho e o cinzento, o verde e o azul, o azul e o cinzento, o amarelo e o azul e o amarelo e o cinzento. Mas seja como for, as cores não são tão importantes na vida dos gatos como são na nossa.
As gatas com o cio miam por que estão a sofrer
Falso. O miado constante bem como o acto de se rebolar constitui um comportamento sexual feminino felino normal. É preciso notar que os gatos em circunstâncias normais são silenciosos e até passam despercebidos. A sua comunicação depende muito de sinais olfactórios e não tanto de sons, tal como se passa nos cães. A fim de atrair os machos, as fêmeas em cio têm de adquirir posturas “anormais”, fazendo barulho, rebolando-se, exibindo-se, tudo para atrair os machos. O miado não envolve sofrimento nenhum, assim como qualquer fêmea de qualquer espécie animal com cio não sofre dores nenhumas.
Ter um gato reduz o stress e melhora a saúde do dono
Verdade. O contacto físico com um animal reduz bastante o stress dos donos. Basta acariciar um gato para de facto reduzir naturalmente a pressão arterial! Os benefícios para milhões de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares é indescritível. De vez em quando alguns de nós ficamos feridos e traumatizados psicologicamente. Por vezes deixamos até de confiar nos seres humanos, de tantas decepções nos causarem... para estas pessoas, uma ligação com um gato pode proporcionar grandes recompensas, destruindo as suspeitas e sarando feridas antigas. Cuidar de um animal descontrai e até é usado como terapia em certas instituições de saúde que cada vez mais utilizam os animais como fonte de terapia e apoio psicológico a doentes internados.
http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/factos_e_mitos_acerca_dos_gatos/221
O gato ronrona porque está contente.
Falso. Certos gatos em sofrimento também ronronam. O ronronar indica uma disposição social amigável e pode ser dado como sinal para, por ex., um gato veterano, informando que certo gato com problemas tem necessidade de amizade, ou pode constituir um sinal para o dono, exprimindo o agradecimento pela amizade obtida. O ronronar traduz um comportamento infantil. Os gatinhos ronronam a partir da primeira semana de vida e isso indica à mãe que tudo está bem com a sua prole. Já nos gatos adultos isso traduz uma certa dependência do contacto entre os donos e os gatos.
Os gatos arranham o sofá por puro prazer.
Verdadeiro. O gato arranha a superfície que ele entende que lhe dá boa chance de eliminar as unhas velhas, renovando as garras. Também o faz para marcar território, colocando aí “marcas de cheiro” imperceptíveis aos nossos precários narizes, visto que os felinos possuem glândulas odoríficas na parte inferior das patinhas. Quanto mais o gato usa essa superfície, mais é atraído a ela, pois possui o seu cheiro. O gato também arranha como forma de exercício, espreguiçando-se.
Os gatos são traiçoeiros: quando se oferecem de barriga, mordem quem lhes faz festas.
Falso. O gato deita-se de costas oferecendo a barriga apenas a quem ele considera amigo íntimo. É como se o seu gato dissesse: “ eu mostro-te a minha barriga em demonstração da minha confiança em ti, por adoptar esta postura tão vulnerável na tua presença”. Mas uma coisa é mostrar, outra bem diferente é deixar acariciar! Nem sempre é seguro concluir que um gato nessa posição espera ser acariciado. Muitas vezes a resposta é uma violenta sapatada com as patas traseiras. A região abdominal é tão fortemente protegida que os gatos não apreciam contactos nessa zona. Por isso eles estabelecem um limite que os donos nem sempre entendem: podem ver, mas não devem tocar!
Os gatos adultos tacteiam o colo dos donos com as patas dianteiras confundindo o dono com a própria mãe.
Verdadeiro. É deveras aborrecido quando o nosso gato salta para o nosso colo, tendo as unhas compridas, desata a “amassar-nos” com aquelas unhas, baba-se todo e nós ficamos com as pernas doridas e acabamos por mandá-lo para o chão! O pobre gato fica mesmo desapontado! Porquê? Na realidade ele julga que nós somos a mãe-humana dele. São esses os movimentos que ele tinha quando mamava na mãe, a fim de espremer o leite. O babar-se revela a atitude de mamar. Esta reminiscência de comportamento infantil deve-se ao facto que os gatos caseiros continuam a ser cuidados e alimentados por nós humanos, e o gato adulto permanece gatinho em muitos sentidos, encarando-nos como falsas mães. Não faça o gato infeliz! Corte-lhe as unhas e deixe-o “pisar o leite” no seu colo, coitado!
Os gatos enterram os excrementos porque são asseados
Falso. Em primeiro lugar é para eliminar o cheiro que exalam. Na realidade, se estivermos perante um gato dominante, ele NÃO ENTERRARÁ os seus excrementos, deixando-os bem à vista para marcar território. O facto dos nossos gatos enterrarem tão bem os excrementos revela o quanto eles se sentem subordinados em relação a nós. Acham-nos fisicamente mais fortes e sabem que controlamos o seu modo de vida (especialmente porque somos nós que lhes fornecemos o seu alimento). Quando um gato deixa as fezes por enterrar é sinal que algo está errado. Pode ser uma questão de auto-afirmação, dominância em relação a outro animal lá em casa ou pode ter aversão ao material absorvente que existe no caixote.
Os gatos cuidam do pêlo por uma questão de higiene.
Verdadeiro. Mas não só. Realmente lamber o pêlo amacia-o, permite que ele seja uma capa de isolamento contra as intempéries, mas também ao molhar o pêlo, o gato refresca-se nos dias de maior calor. O gato também se lambe para aliviar o stress. Daí que gatos muito enervados se lambam compulsivamente. Este será um caso a ser visto pelo médico veterinário, se o gato se lamber tanto a ponto de ficar sem pêlo em certas zonas.
Os gatos também se lambem para ficar com o seu próprio cheiro, ou para eliminar outros cheiros que estejam no pêlo. É o caso do gato que vai lamber o pêlo depois dono lhe ter feito uma festa. O animal vai eliminar o cheiro da mão do dono, substituindo-o pelo cheiro da sua saliva. Os gatos lambem-se para estreitar o seu relacionamento social. Há que ter em atenção a formação das temidas bolas de pêlo no estômago. Fale com o veterinário acerca de uma pasta de malte para a sua eliminação.
Os gatos abanam a cauda quando estão zangados.
Verdadeiro. O abanar a cauda reflecte um estado agudo de conflito mental. Colocado perante uma situação difícil em que o animal pode ter duas reacções possíveis, o gato fica quieto e abana a cauda. Quando uma decisão é tomada, acaba o conflito e a cauda fica quieta. Por exemplo, o gato está a ser acariciado. Não lhe apetece receber festas. Ele entra em conflito: ou morde para desencorajar o dono ou foge. A cauda começa a chicotear. Assim que resolve o problema, deixa de abanar a cauda.
Os gatos odeiam as portas.
Verdadeiro. As portas são um entrave à vida social normal do gato! Por vezes o gato mia para sair de casa. Assim que sai, ao fim de 10 minutos já está a miar para voltar a entrar. Nada mais natural se entendermos o motivo. O gato quer inspeccionar as suas redondezas, recolher informações e avivar as marcas dele deixadas no seu território. Uma curta vistoria para cumprir com todos estes objectivos é o suficiente para pôr o bichano feliz. E é claro, ele não troca o conforto do lar pelo perigoso exterior!
Os gatos só vêm a preto e branco
Falso. Estudos recentes provaram que os gatos conseguem distinguir entre o vermelho e o verde, o vermelho e o azul, o vermelho e o cinzento, o verde e o azul, o azul e o cinzento, o amarelo e o azul e o amarelo e o cinzento. Mas seja como for, as cores não são tão importantes na vida dos gatos como são na nossa.
As gatas com o cio miam por que estão a sofrer
Falso. O miado constante bem como o acto de se rebolar constitui um comportamento sexual feminino felino normal. É preciso notar que os gatos em circunstâncias normais são silenciosos e até passam despercebidos. A sua comunicação depende muito de sinais olfactórios e não tanto de sons, tal como se passa nos cães. A fim de atrair os machos, as fêmeas em cio têm de adquirir posturas “anormais”, fazendo barulho, rebolando-se, exibindo-se, tudo para atrair os machos. O miado não envolve sofrimento nenhum, assim como qualquer fêmea de qualquer espécie animal com cio não sofre dores nenhumas.
Ter um gato reduz o stress e melhora a saúde do dono
Verdade. O contacto físico com um animal reduz bastante o stress dos donos. Basta acariciar um gato para de facto reduzir naturalmente a pressão arterial! Os benefícios para milhões de pessoas que sofrem de doenças cardiovasculares é indescritível. De vez em quando alguns de nós ficamos feridos e traumatizados psicologicamente. Por vezes deixamos até de confiar nos seres humanos, de tantas decepções nos causarem... para estas pessoas, uma ligação com um gato pode proporcionar grandes recompensas, destruindo as suspeitas e sarando feridas antigas. Cuidar de um animal descontrai e até é usado como terapia em certas instituições de saúde que cada vez mais utilizam os animais como fonte de terapia e apoio psicológico a doentes internados.
http://arcadenoe.sapo.pt/artigo/factos_e_mitos_acerca_dos_gatos/221